![]() Boas notícias: o britango Rupis voltou a dar sinal de vida, depois de umas semanas de silêncio. O Rupis foi o primeiro britango do Douro Internacional a ser marcado com transmissor de GPS (já há 2 anos). Mas desde maio, de vez em quando a equipa do projeto deixa de receber informação dele. No final da semana passada, voltámos a ver pontos no mapa que mostravam o Rupis em Espanha, perto de Villamor de Cadozos, para onde voou a partir do Parque Natural Arribes del Duero. “Há sempre alguma apreensão quando se deixa de receber sinais assim de repente, e durante muitos dias, mas quando voltamos a receber informações é sempre um grande alívio” diz Joaquim Teodósio, da SPEA, coordenador do projeto Life Rupis. O alívio é ainda maior porque das 5 aves seguidas pelo projeto, duas já deixaram de enviar informação. O Bruçó deixou de dar sinal ainda durante o período de invernada, em África, e a Poiares deixou de emitir já depois de regressar ao Douro no final do inverno. A ausência de transmissões pode dever-se a algum problema dos aparelhos, aos britangos estarem em zonas sem cobertura GSM - zonas em que os transmissores "não têm rede" - ou no pior dos casos pode ser sinal de que as aves tenham morrido. No caso do Rupis, a equipa pensa que os seus “silêncios” periódicos acontecem quando o britango se desloca à zona a norte de Tabara, onde o transmissor fica sem "rede". Felizmente, quando o transmissor volta a emitir envia não só a informação do momento mas também as localizações por onde foi passando, pelo que quando se volta a ligar a equipa continua a conseguir reconstruir os percursos do britango. Assim, esperamos que apesar de por vezes desaparecer do mapa, o Rupis continue a enviar dados que nos ajudam a conhecer os hábitos da espécie e a identificar locais importantes para a sua preservação. Foto: José Jambas |